A
onda maker (ou DIY, do it your self – faça você mesmo) parece estar
chamando a atenção dos grandes players do mercado de computação com as
infinitas possibilidades de invenções e de mercado.
Eu,
particularmente, já tinha visto algo parecido, mas em escalas muito
menores na década de 1980/90, mas que foi frustrada, pelo menos no
Brasil, pois vivíamos em épocas de reserva de mercado, ditadura,
fechamentos e etc. Agora a facilidade de importação/exportação, mercado
aberto e globalizado e a Grande Internet parecem ter favorecido a
circulação de equipamentos e conhecimento.
Ainda
com a popularização da computação, com a Internet, e agora a Internet
das Coisas (IoT – Internet of Things) há grande interesse de que mais e
mais pessoas sejam capacitadas em desenvolver software e hardware para
suprir a demanda (sedenta) atual.
Primeiro
foi o Arduino e suas variantes, em seguida veio o Raspberry Pi, vou
chamar de “resposta”, mas não acho que seja realmente uma resposta,
porém em “resposta” a ele veio o PcDuino e agora o Intel Galileo.
Isso mesmo: INTEL!
Ok, primeiro a descrição:
A
placa de desenvolvimento Intel Galileo é uma placa Arduino-like com
exatamente a mesma pinagem do Arduino Uno, ou seja, 14 pinos digitais de
I/O, sendo os pinos 0 (RX) e 1 (TX) e os pinos 3, 5, 6, 9, 10 e 11 PWM.
6 pinos analógicos, sendo o A4 o pino SDA e o A5 o pino SCL e os mesmos
pinos de serviços (5V, GND e etc.).
E o melhor de tudo é que tem a capacidade de receber os mesmos sketches do Arduino, através da IDE Arduino!
Ele
foi desenvolvido para suportar qualquer shield Arduino que opere entre
3,3V e 5V, mas a voltagem de core do Galileo é 3,3V. Todo caso é
possível, através de um jumper, mudar a voltagem dos pinos para 5V.
O
Galileo possui ainda um processador Intel Quark SoC X1000 de 400Mhz de
thread única, único core e velocidade constante, ou seja, “mais fácil”
para quem gosta de ir bem à fundo na programação. 8MiB de memória Flash,
521KiB de SRAM, 256 MiB de DRAM com a opção de usar um cartão micros,
porta USB 2.0 e mais 11KiB de EEPROM.
Para
comunicação o Galileo tem 1 porta Ethernet 10/100Mb, duas portas
microUSB 2.0, uma client e outra host, uma porta serial UART e um slot
mini PCI Express com suporte a receber interface USB 2.0.
Agora
o mais importante: a alimentação é feita por fonte de 5V e no mínimo 3A
com o positivo no centro do conector de 2,1mm. Ou seja, a fonte do
Raspberry Pi (5V 1A) não será suficiente e nem mesmo a do iPhone/iPad.
Mas como Intel é Intel, junto com o Galileo vem a fonte necessária para
operá-lo.
Bom,
tem mais alguns outros detalhes, esses são os principais, mas
resumindo: praticamente um PC com cara e interface de Arduino.
O site oficial do Intel Galileo está aqui.
O brinquedo novo – desempacotando
Primeiro a caixa “o que você irá criar?”:
Acondicionamento em plástico anti-estático:
Em baixo a fonte com vários padrões de tomadas e o cabo de alimentação:
Todos os padrões de tomadas que vem junto com o Galileo, note que o padrão brasileiro está presente:
O Intel Galileo desempacotado:
As “costas” do Galileo:
O
Intel Galileo à esquerda e o Arduino Uno à direita, note a mesma
configuração de pinos que garante a compatibilidade total entre eles:
O Intel Galileo à esquerda e o Raspberry Pi à direita. O Galileo é um pouco maior que o Raspi:
Agora à esquerda o Intel Galileo e à direita um pcDuino, configuração de pinos totalmente compatível também:
Todos juntos:
Autor do texto:
Fernando Bryan Frizzarin
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